quarta-feira, 22 de maio de 2013

O que move a mente daqueles que se ausentam do diálogo positivo?Da noturna companhia da consciência? Da saudade inocente dos amigos desinteressados?Da pureza do abraço...Infelizmente não somos mais tão férteis como éramos...não sonhamos com a natureza plena dos nossos corpos e nem de nossa moral...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

ITAQUERA EM TRANSE


Mais um aniversário deste que a cada dia se torna o mais “visado” dos bairros da cidade de São Paulo. Os 325 anos de Itaquera passam sem a maioria dos moradores ao menos conhecer a data oficial em que se celebra o Aniversário do Bairro, 06/11. Por que será que as coisas por aqui seguem assim? O dia a dia, o corre, corre e a falta de identificação com o local em que se vive, podem ou poderiam ser a resposta, se não tivéssemos um Governo local distante das reais necessidades de nossa população. A Revista Bom dia Itaquera, por se tratar de ser um "canal" de informações e opiniões independentes,(talvez o único no Bairro)não se alimenta de polêmicas e muito menos de contendas políticas; o objetivo deste “veículo”é apenas “ascender” as dúvidas apresentadas pelos próprios agentes/cidadãos de nosso bairro. A data que deveria ser “até um certo ponto” festiva e consciente; nada mais é do que uma vitrine para o ego e para o marketing desta ou daquela “figura”. O “pão e o circo” embriaga até aqueles que deveriam, pela atividade que se propõem a desempenhar; ter mais consciência e distância da manipulação exercida pelos donos da bola. Infelizmente a Cultura em Itaquera está à deriva... o reboque leva os barcos, belos e coloridos ao conforto na ilha do ego. Sem articulação política (não partidária), sem mobilização, sem a verdadeira coletividade e estacionados atrás de Editais. Órfãos de sua própria classe, lutam entre si pela sobrevivência como ser cultural, pela inserção em uma sociedade onde o rótulo é mais importante que o conteúdo e a essência daquilo que se produz; a capacidade de protagonizar transformações sociais através da interatividade de suas práticas, cai no vazio da aceitação do sistema local de comando. Sem o diálogo consciente, seguimos até a próxima festa para comemorarmos o vazio de nossa história, entregando sem perceber, nossas almas no leilão.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Itaquera comemora o folclore...

No dia 28/08-Domingo,o Coletivo de Cultura Sucatas Ambulantes "invadiu"com seus bonecões feitos de papel machê e outros materiais recicláveis,as ruas da COHAB II em comemoração aos Dia do Folclores.Acompanhados pelo Maracatu do Porto de Luanda, integrantes do grupo ALMA Ambiental e diversos outros artistas de Itaquera, saíram da sede do Instituto Reação Arte e Cultura, também no Conjunto José Bonifácio.O Cortejo ocorre pelo 4º ano consecutivo e atrai um a legião de pessoas, apreciadoras da Cultura Popular.Tudo foi registrado pelo pessoal do Projeto "Itaquera na cena"que lançará o site com o mesmo nome no dia 10/09 no Parque Raul Seixas em Itaquera.

A independência desses grupos e dos artistas que os compõem,é o que realmente movimenta o bairro, criando espaço para o surgimento de debates, questionamentos e a criação de outros grupos.A ociosidade dos equipamentos de Cultura deste imenso lugar chamado Itaquera e a falta de compromisso de seus coordenadores...em "tese" contribuiria para a aniquilação da Produção Cultural local. Graças à manifestações de pessoas apaixonadas pelas artes, ainda resistimos e juntos existiremos!!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Artistas perdem a paciência..


Militantes ligados a coletivos de arte que ocuparam a sede da Funarte (Fundação Nacional de Arte), órgão do Ministério da Cultura (MinC), no centro de São Paulo, na tarde desta segunda-feira (25), decidiram, em assembleia, passar a noite no local. Os trabalhadores protestam contra a política cultural do governo federal, exigem a votação das PECs (Proposta de Emenda à Constituição) 236 e 150 que tramitam no Congresso e defendem o descontingenciamento do orçamento da pasta.

A PEC 236 prevê a inclusão da cultura como direito social, assim como a educação, a saúde, a moradia, o trabalho, entre outros. Já a PEC 150 determina que 2% do orçamento da União seja destinado à Cultura, conforme orientação da ONU (Organização das Nações Unidas) no documento “Agenda 21 da Cultura”.

O orçamento do MinC previsto para 2011 era de R$ 2,2 bilhões (0,2% do total), mas com os cortes do governo federal caiu para R$ 800 milhões (0,06%).

Lei Rouanet
A categoria critica a Lei Rouanet, que prevê isenções fiscais a empresas que investirem em cultura –mecanismo semelhante ao utilizado pela Prefeitura de São Paulo para deixar de recolher R$ 420 milhões em impostos do Corinthians na construção do Itaquerão para a Copa do Mundo. Segundo a categoria, a lei privatiza o financiamento da cultura, ao permitir que as empresas, e não o Estado, decida o destino do dinheiro público da isenção fiscal.

“É esse discurso que confunde política para agricultura com dinheiro para o agronegócio; educação pública com transferência de recursos públicos para faculdades privadas; incentivo à cultura com Imposto de Renda doado para o marketing, servindo a propaganda de grandes corporações. Por meio da renúncia fiscal –em leis como a Lei Rouanet– os governos transferiram a administração de dinheiro público destinado à produção cultural para as mãos das empresas”, afirma categoria em manifesto que circulou na web.

Como contrapartida à Lei Rouanet, os trabalhadores da arte defendem a aprovação, no Congresso, do Prêmio de Teatro Brasileiro, uma lei que prevê a criação de editais para financiamento público de projetos artísticos, nos moldes da lei municipal de Fomento ao Teatro, aprovada em 2002 na capital paulista.

O ato começou na avenida São João, que fica embaixo do elevado Costa e Silva, em frente a um casarão abandonado conhecido como “Castelinho”. De lá, os manifestantes seguiram até a Funarte, que fica na alameda Nothmann. Segundo os grupos que integram a mobilização, o protesto foi organizado após uma série de plenárias. A convocação foi feita via redes sociais da web, como o Twitter, onde os apoiadores propagandearam o evento com a hashtag #CulturaJa.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o MinC afirmou que está aberto ao diálogo com a categoria e disse que está esperando que os manifestantes enviem à pasta a lista de reivindicações para se posicionar.

Guilherme Balza - São Paulo

Fonte: Uol

quinta-feira, 7 de abril de 2011

"ARTE EM CONSTRUÇÃO"

No mês em que se comemora o 27º Aniversário da Cidade Tiradentes, o Centro Cultural Arte em Construção coordenado pelo Instituto Pombas Urbanas integra a programação dos festejos com muita cultura, diversão e reflexão:

Dia 09 a partir das 19h Sábado Musical;
dia 16 as 17h Espetáculo Teatral Infantil, “Guerreira Dourada: A história do Livro em Branco”com o Grupo A.L.M.A.;
dia 23 as 19h Espetáculo Teatral “Até quando?
“(O Musical), com o Grupo Até quando.



O Pombas Urbanas surgiu em 1989 na Oficina Cultural Luiz Gonzaga. No seu início era apenas um grupo de adolescentes de São Miguel Paulista empolgados com o descobrimento do teatro e suas possibilidades, tendo como mestre o saudoso Diretor Peruano Lino Rojas (1942-2005).Entre os muitos Espetáculos e Projetos desenvolvidos pelo Grupo em sua “Residência Cultural” na Cidade Tiradentes, um dele se destaca pelo seu caráter multiplicador; o Projeto “Semeando Asas” é um que inspira muitos jovens no fazer teatral, suas prática, seus laboratórios, contribuindo com assim com desenvolvimento humano de seus participantes, pessoas que habitam uma área outrora tão exclusa e mal falada da nossa Zona Leste. Este mesmo local, um dia batizado como Conjunto Habitacional Cidade Tiradentes, bairro tão Dormitório quanto os outros, vem se tornando uma referência de cultura na Periferia devido à quantidade de movimentos e ações culturais promovidas pelos ativistas/militantes/moradores.

Enquanto isso, locais mais próximos e com idade mais avançada se abstêm debate político cultural, se movimentam menos e se acomodam na distância de sua arte, perpetuando a subjetividade discursiva do ser e do não ser.

segunda-feira, 28 de março de 2011

O OURO SOCIAL

A cada dia novas idéias e debates surgem na condução de nossa região, diminuindo a distância entre a formiga e o elefante, promovendo o entendimento entre os “não-iguais” e alimentando o sorriso dos que ainda sonham. A corrida do ouro já começou faz tempo e só agora se deram conta disso... O Bairro sempre teve um enorme potencial em todos os sentidos, além de uma população carente de serviços e respeito da parte dos Governos. Os bons artistas e seus Projetos sempre existiram; as Associações sempre fizeram/fazem sua parte, apoiando aqueles que necessitam de atenção onde os olhos e os braços do poder não alcançam.Entre estas muitas instituições que como “formigas” realizam um trabalho contínuo, existem algumas que desenvolvem ações ideológicas, humanas e de defesa dos direitos do homem/ser. A Sociedade Comunitária Fala Negão Fala Mulher é uma dessas organizações sociais que atua na disseminação da história/cultura afro brasileira, na promoção da equidade racial, de gênero, dos direitos humanos e no combate a discriminação de pessoas portadoras de deficiência. No último dia 26 de março (sábado), a entidade comemorou 19 anos de existência/resistência com diversas ações sociais voltadas para a comunidade: Cortes de cabelo, manicure, limpeza de pele, balcão de empregos, orientações jurídicas e medição de pressão arterial/diabetes. As crianças ganharam pipoca, bexiga, algodão doce, pintura de rosto e brincaram na cama elástica. A exposição entinerante “Se essa rua fosse minha”, foi uma das atrações culturais que chamou a atenção pela originalidade. Um estand da Editora “Quilombhoje” montado pelo Sr. Afonso Correia (livreiro) com livros da coleção “Cadernos Negros”, “oferecia” Poesia e Literatura de novos autores com temáticas étnicas... o Teatro, a Música e o Cinema também estavam presentes na festa; a programação contou com a exibição do Documentário “Saindo da Lixeira” produzido pelo Grupo Alma (Aliança Libertária pelo Meio Ambiente), Cia. Traquinagem de Teatro, Sambafro, Afoxé Obo Ode, além de rodas de Capoeira e Rap. Através de um pequeno apoio financeiro do primeiro setor, a S.C. Fala Negão Fala Mulher também oferece cursos de Alfabetização para adultos, Incentivo à economia solidária/artesanato; desenvolve Palestras, Seminários e ações de Formação cultural, como oficinas de Capoeira; Hip Hop, Percussão, Balé e Dança Afro, subsidiadas pelo VAI (Valorização de Iniciativas Culturais) da Secretaria Municipal de Cultura.

O verdadeiro ouro está nas boas ações: no desprendimento do orgulho/vaidade daquele que percebe a necessidade de seu semelhante; oferece um abrigo; doa seu tempo; seu coração e o silêncio de ouvir, tendo no sorriso do outro sua recompensa.


Sociedade Comunitária Fala Negão Fala Mulher
Rua Giácomo Quirino, nº 96 - Cj. José Bonifácio,Itaquera.
Fone: 11 25223980/25220949
Email:falanegaofalamulher@gmail.com

segunda-feira, 21 de março de 2011

FABRICA DE CULTURA

Quando caminhamos na naturalidade do mundo real, podemos observar a superficialidade que nos rodeia. Muitos ouviram, viram e até sentiram a “orfandade” Cultural que a Zona Leste enfrentava até pouco tempo atrás. Espaços mal estruturados, mal administrados e recursos zero; artistas cada vez mais “anônimos”, sem apoio e totalmente marginalizados pelas Secretarias. Ainda na metade da década de 1990, a militância Cultural tinha ares de ideal solitário; pequenos grupos unidos “cavavam espaço” para seus trabalhos e lutavam pelo não fechamento dos pouco que existiam. Itaquera foi o primeiro bairro a receber uma Oficina Cultural em 1989, que quase fechou em 1995...
Hoje, 16 anos depois, foi inaugurada no dia 19 de março pelo Governador Geraldo Alkmim a primeira Fábrica de Cultura da Zona Leste, e segundo ele mesmo: “...a primeira do Brasil!” Um prédio de cinco andares e 6.000 metros quadrados divididos entre: Auditório/Teatro, Sala Multiuso, Ateliês, Biblioteca, Sala de Teatro, Sala de Música e uma excelente Sala de Circo. Os grupos: Comunidade Samba Jorge, Os Desejáveis, DJ Tércio e Associação de Capoeira União Arte Cultura, se apresentaram em um palco externo especialmente montado para o evento. Tão bem estruturada quanto os CEUS em sua implantação (2004), esta Fábrica de Cultura que fica localizada na Vila Curuçá em São Miguel Paulista, é fruto de diversas reivindicações de artistas, ongs e principalmente das comunidades, iniciadas ainda duas gestões anteriores e só agora concretizada. Como a maioria dos Equipamentos Culturais e Projetos da Secretaria de Cultura do Estado, a administração ficará a cargo de uma Organização Social, a O.S. Catavento, que tem sua sede no Palácio das Industrias (antiga sede da Prefeitura de São Paulo), ela ficará responsável pelo funcionamento/gerenciamento de todas as Fábricas de Cultura da cidade. O Governo e a Secretaria de Cultura do Estado pretendem inaugurar mais nove iguais, todas em regiões com alto índice de vulnerabilidade social, segundo pesquisas realizadas na Cidade. O custo estimado para a construção de cada Fábrica de Cultura é de 12 milhões de reais, as próximas a serem inauguradas (ainda sem previsão), também estão localizadas na Zona Leste: Sapopemba,Cidade Tiradentes e Itaim Paulista. Uma iniciativa de Democratização como há muito tempo não se via por parte de alguns setores e que pretende elevar o índice de inclusão cultural e social ao locais que realmente necessitam deste atendimento.Vale a ane pconferir toda esta boa intenção...

Fábrica de Cultura
de terça a sexta: das 9h as 20h
sábado e domingo: das 9h as 18h
Rua: Pedra Dourada,65 Vila Curuçá - São Miguel Paulista
www.cataventocultural.org.br