segunda-feira, 28 de março de 2011

O OURO SOCIAL

A cada dia novas idéias e debates surgem na condução de nossa região, diminuindo a distância entre a formiga e o elefante, promovendo o entendimento entre os “não-iguais” e alimentando o sorriso dos que ainda sonham. A corrida do ouro já começou faz tempo e só agora se deram conta disso... O Bairro sempre teve um enorme potencial em todos os sentidos, além de uma população carente de serviços e respeito da parte dos Governos. Os bons artistas e seus Projetos sempre existiram; as Associações sempre fizeram/fazem sua parte, apoiando aqueles que necessitam de atenção onde os olhos e os braços do poder não alcançam.Entre estas muitas instituições que como “formigas” realizam um trabalho contínuo, existem algumas que desenvolvem ações ideológicas, humanas e de defesa dos direitos do homem/ser. A Sociedade Comunitária Fala Negão Fala Mulher é uma dessas organizações sociais que atua na disseminação da história/cultura afro brasileira, na promoção da equidade racial, de gênero, dos direitos humanos e no combate a discriminação de pessoas portadoras de deficiência. No último dia 26 de março (sábado), a entidade comemorou 19 anos de existência/resistência com diversas ações sociais voltadas para a comunidade: Cortes de cabelo, manicure, limpeza de pele, balcão de empregos, orientações jurídicas e medição de pressão arterial/diabetes. As crianças ganharam pipoca, bexiga, algodão doce, pintura de rosto e brincaram na cama elástica. A exposição entinerante “Se essa rua fosse minha”, foi uma das atrações culturais que chamou a atenção pela originalidade. Um estand da Editora “Quilombhoje” montado pelo Sr. Afonso Correia (livreiro) com livros da coleção “Cadernos Negros”, “oferecia” Poesia e Literatura de novos autores com temáticas étnicas... o Teatro, a Música e o Cinema também estavam presentes na festa; a programação contou com a exibição do Documentário “Saindo da Lixeira” produzido pelo Grupo Alma (Aliança Libertária pelo Meio Ambiente), Cia. Traquinagem de Teatro, Sambafro, Afoxé Obo Ode, além de rodas de Capoeira e Rap. Através de um pequeno apoio financeiro do primeiro setor, a S.C. Fala Negão Fala Mulher também oferece cursos de Alfabetização para adultos, Incentivo à economia solidária/artesanato; desenvolve Palestras, Seminários e ações de Formação cultural, como oficinas de Capoeira; Hip Hop, Percussão, Balé e Dança Afro, subsidiadas pelo VAI (Valorização de Iniciativas Culturais) da Secretaria Municipal de Cultura.

O verdadeiro ouro está nas boas ações: no desprendimento do orgulho/vaidade daquele que percebe a necessidade de seu semelhante; oferece um abrigo; doa seu tempo; seu coração e o silêncio de ouvir, tendo no sorriso do outro sua recompensa.


Sociedade Comunitária Fala Negão Fala Mulher
Rua Giácomo Quirino, nº 96 - Cj. José Bonifácio,Itaquera.
Fone: 11 25223980/25220949
Email:falanegaofalamulher@gmail.com

segunda-feira, 21 de março de 2011

FABRICA DE CULTURA

Quando caminhamos na naturalidade do mundo real, podemos observar a superficialidade que nos rodeia. Muitos ouviram, viram e até sentiram a “orfandade” Cultural que a Zona Leste enfrentava até pouco tempo atrás. Espaços mal estruturados, mal administrados e recursos zero; artistas cada vez mais “anônimos”, sem apoio e totalmente marginalizados pelas Secretarias. Ainda na metade da década de 1990, a militância Cultural tinha ares de ideal solitário; pequenos grupos unidos “cavavam espaço” para seus trabalhos e lutavam pelo não fechamento dos pouco que existiam. Itaquera foi o primeiro bairro a receber uma Oficina Cultural em 1989, que quase fechou em 1995...
Hoje, 16 anos depois, foi inaugurada no dia 19 de março pelo Governador Geraldo Alkmim a primeira Fábrica de Cultura da Zona Leste, e segundo ele mesmo: “...a primeira do Brasil!” Um prédio de cinco andares e 6.000 metros quadrados divididos entre: Auditório/Teatro, Sala Multiuso, Ateliês, Biblioteca, Sala de Teatro, Sala de Música e uma excelente Sala de Circo. Os grupos: Comunidade Samba Jorge, Os Desejáveis, DJ Tércio e Associação de Capoeira União Arte Cultura, se apresentaram em um palco externo especialmente montado para o evento. Tão bem estruturada quanto os CEUS em sua implantação (2004), esta Fábrica de Cultura que fica localizada na Vila Curuçá em São Miguel Paulista, é fruto de diversas reivindicações de artistas, ongs e principalmente das comunidades, iniciadas ainda duas gestões anteriores e só agora concretizada. Como a maioria dos Equipamentos Culturais e Projetos da Secretaria de Cultura do Estado, a administração ficará a cargo de uma Organização Social, a O.S. Catavento, que tem sua sede no Palácio das Industrias (antiga sede da Prefeitura de São Paulo), ela ficará responsável pelo funcionamento/gerenciamento de todas as Fábricas de Cultura da cidade. O Governo e a Secretaria de Cultura do Estado pretendem inaugurar mais nove iguais, todas em regiões com alto índice de vulnerabilidade social, segundo pesquisas realizadas na Cidade. O custo estimado para a construção de cada Fábrica de Cultura é de 12 milhões de reais, as próximas a serem inauguradas (ainda sem previsão), também estão localizadas na Zona Leste: Sapopemba,Cidade Tiradentes e Itaim Paulista. Uma iniciativa de Democratização como há muito tempo não se via por parte de alguns setores e que pretende elevar o índice de inclusão cultural e social ao locais que realmente necessitam deste atendimento.Vale a ane pconferir toda esta boa intenção...

Fábrica de Cultura
de terça a sexta: das 9h as 20h
sábado e domingo: das 9h as 18h
Rua: Pedra Dourada,65 Vila Curuçá - São Miguel Paulista
www.cataventocultural.org.br