terça-feira, 21 de setembro de 2010

RITA LEE E SUA SUA POSTURA INFELIZ...

"Itaquera é o c. de onde sai a bosta do cavalo do bandido!"
Vejam como a cantora Rita Lee se refere à nossa Itaquera. Ora, estamos todos aqui em casa tão orgulhosos e felizes por saber que nos próximos três anos nossa Itaquera passará por profundas transformações, começando pela construção da nova rodoviária de São Paulo e depois, além dos hotéis, restaurantes,e tudo que será construido e que mudará a face do nosso querido bairro, e vem agora essa senhora, que precisa arrumar uma forma de aparecer na mídia, e fala uma bobagem dessa! Claro, esse tipo de postura combina com ela, tão indelicada e grosseira que já é.Rita Lee está indignada com a reação do público e segue dizendo mais bobagens, ressaltando que no seu tempo,corintiano imbecil já nascia morto, e também declarou, no Estadão, que se soubesse que iria ganhar tanto destaque teria dito isso antes.Agora ela se despede do Twitter,falando assim: “Pau no c, de todos os babacas!”
E tem mais: diz que teme pela família, querendo se passar por vítima, é claro, e que tem medo de ameaças, ou seja, transforma os corintianos todos em bandidos. Ora, ela desconhece Itaquera, e tem mais:disse o Daniel, meu filho: “aposto que no futuro, quando for para receber uma boa grana da Prefeitura, ela vai querer se apresentar no palco do novo estádio, o que abrirá a copa do mundo de 2014”.É uma pena! Essa senhora já deu muita mancada. Recentemente gravou uma música que diz que ”tudo vira bosta”, ora,um quadro de Rembrandt, uma música de Mozart, uma canção do Chico Buarque, o que sinto pela mulher que amo, as minhas amizades sinceras, as coisas que escrevo e as que tantos já escreveram,as memórias da minha infância querida, essas coisas não ”viram bosta”. Ela está errada: nem tudo vira bosta.
Sua manifestação imbecil no Twitter, deveria ser alvo de um documento de protesto de toda a torcida corintiana, da escola de Samba Leandro de Itaquera, dos jornais de Itaquera,dos comerciantes, dos amáveis japoneses das cerejeiras, e de todos os itaquerenses.Já que ela disse isso, que ” Itaquera é o c. de onde sai a bosta do cavalo do bandido”, então teria que saber que os moradores de Itaquera amam o bairro, e têm dignidade. Ela não devia ter ofendido assim o amor que sentimos por Itaquera, de tão rica história.

Marciano Vasques - escritor

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O ANTI-TEATRO


Para que uma personagem possa ser “incorporada” pelo ator, é necessário técnica, muito ensaio, pesquisa, dedicação e etc. Assim como, para que uma peça de Teatro possa acontecer, é necessário que exista um texto, de preferência bem escrito e que transmita de forma linear ou não, as intenções do autor ou do grupo para com o público.Em “Música para Ninar Dinossauros”, (“espetáculo” de abertura da Mostra Cemitério de Automóveis), que até o dia 17/10 fica em cartaz no Centro Cultural Vergueiro, isto não acontece. O autor/ator Mário Bortolotto, parece transformar o palco em uma extensão de sua casa (de tão à vontade e despreparado que está), passa o tempo todo sentado em um sofá, bebendo e citando escritores da Geração Beatnik (estilo de vida anti-materialista que deu origem aos hippies), talvez na tentativa de “qualificar” sua Dramaturgia. Três amigos quarentões, fazem um “balanço” de suas vidas em meio à “sexo, drogas, rock in roll” e muito palavrão. Este é o tema. Um anti-herói, anti-social e anti-teatro que se repete em quase todas as suas peças, camufladas de belos títulos. Claro que nem tudo pode ser considerado ruim. A direção é de Fernanda D’umbra, destaque para Lourenço Mutarelli, (cartunista e escritor que hoje se revela um ótimo ator); a trilha sonora é composta por clássicos do rock, além de quatro belas atrizes que interpretam as prostitutas da história, tocam piano e cantam em um momento onde tudo parece perdido para o público; composto por jovens “seguidores” do velho “Marião”, figura conhecida na Praça Roosevelt, “point da elite do teatro” de São Paulo.

Um teatro vazio de significados e sem dizer realmente à que veio.Um espaço respeitado como o Centro Cultural que por ser democrático e ao mesmo tempo “simpático ao novo escracho”, acolhe também proposta rasas de platéia cheia.