quarta-feira, 30 de junho de 2010

História, memória e bandeiras

Como já foi comprovado ao longo da história da humanidade, as bandeiras são utilizadas para marcar posse de um determinado território ou representar um clã, região, país, grupo etc. Muitas pessoas tomadas por ideais, simbolicamente carregam suas bandeiras em seus corações e discursos. Bandeiras feministas, sociais, políticas e culturais. Quando se fala em cultura, algumas pessoas não tem idéia da dimensão de linguagens artísticas que permeiam o universo cultural. Certa vez propomos uma discussão sobre este assunto em Itaquera, surgiram muitos jovens, mas também muitos artistas veteranos do bairro, buscando espaços e querendo serem ouvidos, cada um carregando sua bandeira no coração. Infelizmente existem aqueles que andam por aí com o “peito estufado” coberto por uma bandeira bonita, eclética e imponente, se auto proclamando defensores dos fracos, coitadinhos e esquecidos artistas; utilizando seus “super poderes” para alfinetar aqueles que não habitam sua corte de demagogias. Não estamos aqui para “duelar” sob o sol de Itaquera, mas sim para falar sobre cultura e expor à luz os artistas que residem e consideram este lugar, sua casa. À medida que vamos vivendo vamos escrevendo nossas histórias, cheias de personagens que interagem conosco e com o mundo. Todos nós sabemos que não se pode apagar a história. Um fato ocorrido não pode ser transformado ou deformado, principalmente quando este fato envolveu um coletivo de pessoas que de certa forma também foram protagonistas. A partir desta edição vamos falar de cultura de uma forma democrática e direta, citando os artistas e seus trabalhos, linguagens, espetáculos e apresentações.