A classe “Artística” e “Cultural” de Itaquera avançou alguns centímetros, buscando autonomia e saindo do discurso vazio, despertando/percebendo a estagnação dos equipamentos loteados pela política dos conchavos e administrados por bonecos. Os poucos grupos/artistas que ascendem (ainda anônimos), visualizam as possibilidades de uma “terra fértil”, mas ingrata, que glorifica os hipócritas e fragmenta a verdade. Em 2010, a partir de uma pequena nova e bem intencionada consciência, alguns coletivos de Cultura realizaram a “tarefa alheia” em espaço publico, exercendo um direito democrático e proporcionando a “falsa alegria dos ociosos”. Estamos na “era” dos debates construtivos; de ações reais que precisam avançar além das fronteiras do “eu” e do “meu”, desse ou daquele grupo ou pessoa...

Daqui a pouco o ano é outro, a mesma sombra, o mesmo rosto, a mesma fronte.A chuva virá mais forte e sol cegará mais um olho nu. Precisamos seguir adiante sem lamento; ponteando as cordas do relógio e do violão, seguindo o certo e o errado, o tic e o tac, o bip analógico e distante do tempo, vivenciando, escrevendo e construindo a saga humana.Fugir da “matemática dos normais”, onde mil mais mil são mais votos, mais lucros, mais audiência, mais competição, menos diálogo, menos amor e menos humanidade...