quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

CIPÓ DE ARUEIRA

Os desencontros vividos pela Legião Estrangeira que reina em nossa pátria, refletem em nosso cotidiano, desconforta os notáveis, agrega os iguais e destoa os ignorantes.Caminhando sempre apressado como o relógio, é fácil perceber que Itaquera mudou, as pessoas sentem um certo orgulho ao falarem dele e de seu 324 anos.Uma saudade de um tempo sempre a recordar e que para cada um traz um sentimento.Onde estamos na história do Bairro?A Locomotiva agora circula em outros trilhos. O maquinista já partiu há muito tempo.Como referência nem estação temos mais.Ouve uma época em que as pessoas sentiam apenas o peso das lutas, choravam suas dores em silêncio e diziam sim para tudo.Hoje o inconformismo carrega suas siglas e é exposto nas ruas, clandestinidade e silêncio nunca mais. Aquele que recebia “o pão que o diabo amassou” e se dava por satisfeito, agora recusa este pão, pois não lhe serve mais para o corpo e muito menos para a alma. O cipó de Arueira que doía na carne do negros nos velhos engenhos; aos poucos agora revida no couro dos bossais demiurgos em forma de protestos e ações de combate à inércia dos equipamentos de controle social e civil.Encerramos o mês que é símbolo da criação de Itaquera como Bairro, com um encontro de manifestações da Cultura Popular do Nordeste, o Forró pé de serra e a Literatura de Cordel, fechando com uma “enxurrada” de alegria o Aniversário deste lugar Ita-pedra-quera-dura...

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