
Itaquera abriga em seus
“recôncavos marginais”, cidadãos e cidadãs que buscam fontes claras de luz à porta de suas cavernas, para seguirem caminhando de forma otimista, honesta e humana em meio a política dos “conchavos” e do “rouba mas faz”, sem beber, fumar ou “cheirar” os problemas . A diversão torna-se um paliativo para as dores sociais quando elas se tornam crônicas. A arte nos grandes “centros”,têm o papel de “inebriar os teóricos” e financiar o turismo decadente e urbano da cidade de São Paulo; apoiada muita vezes por empresas e seus Centros Culturais, Fundações e etc. Enquanto que a arte na periferia assume (quase) sempre um papel de resistência, de grito, de discurso, de revide social.Talvez aí esteja a grande repercussão de artistas como o escritor Ferrez, Alexandre Buzzo, Sérgio Vaz e tantos outros que acabaram criando uma “Literatura paralela”, chamada por eles de “Literatura Periférica”. Produzir Cultura e viver desta produção; satisfaz, enobrece e se multiplica... O “eixo burguês de arte”e seus grandes orçamentos Municipais, Federais e Privados, começa a perder espaço para Projetos “menores”e suas proposta originais, cheias de conteúdo. Ao invés de imponentes discursos políticos sobre a criação de mais cursos profissionalizantes nos CÉUS, para que os “pobres” e “infelizes”possam abastecer as máquinas com seus corações. Por que não tornar o Teatro, a Dança, a Música, o Cordel, o Maracatu, em matérias essenciais nas escolas? Para que assim, através das Artes possamos criar um novo ideal de Mundo. Como disse John Lenon: “Você pode dizer que eu sou um sonhador, mas sei que eu não sou o único...”
Fomentar a periferia pode ser o primeiro passo.


