sexta-feira, 27 de agosto de 2010

BANDEIRAS AO VENTO

Contra-dizendo supersticiosos e os descrentes da boa sorte, na última sexta feira 13, um Sarau com muita música, dança e poesia marcou o lançamento do Projeto Porto Cultural na Sede da A.D.C. Porto Epitácio em Itaquera. Criado a partir da união de artistas e pessoas da comunidade, preocupados com a ociosidade dos espaços verdadeiramente destinados para tal fim (cultura).
O Projeto é mais uma iniciativa positiva em meio a tantas que “afloram” do caos e da ausência de ações do 1º setor. Com um público de pouco mais de 100 pessoas, entre eles adultos e crianças, o Evento contou com a presença de diversos artistas e personalidades do Bairro. O escritor Valmir Macedo abriu a noite com suas performances inquietantes, logo em seguida veio o Rap de José Evandro (Bea), Hip Hop com a “Família Crew”, Poesia e MPB com Esdras de Lucia, Blues com Leone da gaita e para “fechar” a noite, a banda B.F.R. deu seu recado com muito Hard Core. Uma noite cheia de tons, cores e talentos, longe da mesmice de “um banquinho e um violão”, o vício da cultura rasa. Mestres e Alunos, Pais e Filhos, Cidadãos e Cidadãs, respiraram os ares Culturais que nos faltam aos pulmões toda vez que procuramos em nosso bairro, lugares que possam abrigar manifestações artísticas originais e gratuitas. Novas e velhas gerações de um mesmo lugar, a “Pedra dura” que deu origem à várias histórias de conquistadores e conquistados, habitantes de uma “cidade”chamada Itaquera.

Com a proximidade das eleições para Deputados Estaduais e outros cargos de grande importância para nossa sociedade; o que dizem algumas “figuras” que se propõe a tais cargos, beira os delírios da comédia e da subestimação do povo. Infelizmente muitas pessoas despreparadas e distantes da realidade de Itaquera, saem por aí reivindicando para si os feitos de outros. Precisamos de mais Projetos, Casas de Cultura, Oficinas, Saraus e etc. Para nossa sorte muitas bandeiras “teimosamente” ainda resistem e algumas novas se erguem, com o intuito de orientar os navegantes de um país que vez ou outra se perde em suas contradições, criando náufragos sociais. (“É preciso estar atento e forte”...) Não podemos “dormir” nesta hora. É necessário distinguir o verdadeiro do falso, abraçar causas nobres, reais, lutar a favor da humanidade, coletiva ou individual, festejar as conquistas, seguir o vento e viver o hoje. “Não deixa o mar te engolir...”

Um comentário:

  1. Legal, gostaria de ter presenciado tal evento, e que as bandeiras continuem flamejando.

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